Quem quer ter um coração afinado? Eu! Eu! Eu! Diremos todos. Certo! E para isso é preciso afinar toda a "orquestra".
Puxa... vai dar trabalho? Vai sim.
Conhecer os vários tons que tocam dentro da gente pode mesmo dar um trabalhão.
Se você já teve a oportunidade de ir a um show, de qualquer gênero musical, deve ter prestado atenção em como as coisas parecem funcionar de modo fácil e sincrônico.
É como se todos, visíveis e invisíveis ao público, estivessem sendo movidos por uma certa magia. Prestando um pouco mais de atenção, observamos movimentos que acontecem lá atrás, pessoas que passam quase despercebidas, sem contar aquelas que não são vistas, pois ficam por trás do espetáculo e só as sabemos pelos efeitos que causam, como a iluminação e o movimento das cortinas. Tudo para que o espetáculo aconteça.
Tudo está funcionando, porque a comunicação entre os vários componentes está acontecendo e cada um executa seu papel no tempo correto. Todos tem consciência dos seus lugares, seus papéis e importância na grande engrenagem do espetáculo. Podemos dizer que o sistema inteiro está funcionando harmonicamente, para que o espetáculo ganhe vida.
Antes do espetáculo ao público, no entanto, um outro show acontece. Toda a coordenação fica por conta de planejamento, transporte, distribuição das informações, garantia da circulação dos vários elementos, atenção à nutrição e hidratação dos vários agentes, serviço de manutenção e limpeza, regulação do armazenamento dos equipamentos e instrumentos, sistemas de segurança, redes de comunicação, áudio, som, observadores do tempo e temperatura no ambiente, colocação das equipes nos lugares certos...São milhares de atividades coordenadas, acontecendo sincronicamente, inclusive na resolução dos problemas. Afinal de contas o que chamamos "problemas", é parte integrante do espetáculo e pode ser uma grande oportunidade de criar novas ferramentas e pensar algo que não havia sido proposto antes.
No final, aplaudimos!
Imagine que nosso corpo, todos os dias, dá um show e, raramente, pensamos em nós mesmos como um grande espetáculo sobre a Terra.
Nosso planejador interno, chamado Sabedoria Inata, regula todas as funções.
Temos tempos específicos relativos às funções hormonais, regulação de vigília e descanso, nutrição, excreção, atividade sexual e mais milhares de atividades comunicando-se entre si e tendo consciência de si mesmas e do seu lugar nesta grande comunidade. Isto inclui todo o programa da nossa microbiota; bactérias, fungos, ácaros, uma gama imensa de vida que habita nosso corpo e nos mantêm vivos.
Regular tudo isso para que tenhamos um coração afinado com todos os outros componentes, é trabalho na nossa incrível natureza inata.
Então, dá trabalho entender que muitas vezes precisaremos fazer revisionamento de hábitos e posturas? Dá sim. Somos muito apegados aos nossos sintomas, manias e desejos. Deixá-los, requer entendimento.
Para auxiliar nesta possibilidade de caminhos mais saudáveis, existe o BodyTalk. O BodyTalk foi desenvolvido nos anos 90 pelo Dr. John Veltheim e Esther Veltheim. De origem australiana, o Dr. Veltheim manteve uma clínica de sucesso em Brisbane por 15 anos. Nessa mesma cidade, ele foi presidente da Faculdade de Acupuntura e Terapias Naturais por 5 anos. Seus extensos estudos de pós-graduação incluem Cinesiologia Aplicada, Psicologia Bioenergética, Osteopatia, Medicina Esportiva, Terapia, Filosofia e Teologia, estão na base do sistema BodyTalk.
Todas as células do nosso corpo, estão em permanente comunicação e funcionando de modo organizado.
Um sintoma é uma sinalização de que as linhas de comunicação e a funcionalidade organizadora inata, deixaram de realizar seus papeis. A orquestra desafinou.
Tomemos outro exemplo, como um jantar. Há a comida, sabores, aromas; as bebidas, a temperatura do ambiente, o perfume da pessoa na mesa ao lado, o humor do garçom, a noite está fria, a sobremesa contém um corante, há flores na mesa, o assunto trouxe uma determinada lembrança, há uma música ao fundo; e mais milhares de informações à que a pessoa está exposta.
O complexo corpo-mente registra tudo, então, quem poderia arriscar quais fatores atuaram, para que houvesse um desconforto gástrico?
Somos corpo físico, corpo de memórias, de emoções... Qual fator teria tocado uma nota dissonante?
Por isso, no BodyTalk, quem entra no papel organizador, é o que chamamos Sabedoria Inata.
Sabedoria Inata é o programa de resposta original que comunica, sincroniza e equilibra todas as funções orgânicas, para lidarmos com a vida.
Quando ingerimos algo quente e a boca enche-se de saliva; quando nos ferimos e a pele cicatriza; quando o corpo aquece para combater um micro-organismo invasor; quando dormimos e acordamos seguindo o relógio biológico; quando apagamos as memórias de um evento traumático; são providências realizadas pelo ser inteiro, por esta sabedoria inata, disponível desde sempre.
Fica claro então, que a sabedoria do corpo sempre busca os caminhos para a homeostase, que é a manutenção do status de equilíbrio das funções essenciais.
Por isso, no BodyTalk não ficamos focados no diagnóstico e observamos o que a consciência quer revelar, em que ordem e de que forma; para percebermos as histórias que estão impulsionando para que um sintoma possa existir e apoiamos, através das técnicas do BodyTalk, para restabelecer o princípio organizador.
O terapeuta BodyTalk segue as prioridades, no processo do teste muscular, orientado por um vasto protocolo, que cobre aspectos orgânicos, emocionais, energéticos e ambientais.
O grande diferencial no BodyTalk é que as prioridades são informadas pelo corpo, na ordem exata que o complexo corpo-mente disponibiliza, para que seja observado no processo terapêutico. É o corpo dizendo: sim, vá nesta direção!
Outro ponto interessante é que a orquestra toca para um público.
O público afeta a orquestra com suas reações e ações; a orquestra igualmente afeta o público.
Nós nos interferimos! Somos afetados pelos ambientes e não é nenhum exagero dizer que, todos os fatos do mundo dizem respeito a nós mesmos. Conforme pudermos realizar uma comunicação conosco de forma mais harmoniosa, espelharemos no mundo esta nova comunicação mais harmônica.
A proposta é investigar e revelar as questões de consciência, escondidas por trás daquilo que chamamos sintoma ou queixa principal e, a partir disso, permitir que a sabedoria Inata, organize de outra forma, comunicando, equilibrando e sincronizando, para que o "Eu", o ser, transforme a experiência em aprendizado.
Tudo convida a investigar sobre nós mesmos, para ter o coração afinado, recebendo a vida e acolhendo a si mesmo.
Dá algum trabalho, mas vale muito.
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