30/12/2020
Ano diferente, em todos os sentidos e jeitos de sentir.
Já há algum tempo nomeio minha prática terapêutica como Fisiologia do Afeto e Oficina de Sentir, que envolve o BodyTalk como método mais constante, mas abarca Constelações Familiares, Programação Neurolinguística, uma forma bem particular de trabalhar com o Tarô e muitas práticas de consciência corporal.
Fisiologia do Afeto é uma maneira de trazer compreensão sobre aquilo que alguém sente, mas que nem sempre encontra palavras coerentemente encadeadas, para expressar um turbilhão de sensações, atitudes, memórias comportamentos e pensamentos.
Sentir é fisiológico e não envolve lógica. Sentir é apenas sentir.
E é do jeito que é.
Inexplicável, inexprimível, porque os sensores conscientes e inconscientes enviam sinais confusos. Mas de onde vem estes sensores?
De que modo são reforçados?
Nós não podemos escolher o que sentimos, não podemos escolher sequer o que pensamos, e todo esse universo interno ganha voz e expressão pelos sintomas e simbolismos, tanto individuais quanto coletivos.
Tem sido um ano de lutas, de adaptações, de perdas, de aprendizados e de ganhar um nova percepção sobre a amplitude do meu trabalho. O processo terapêutico de um indivíduo causa mudança no coletivo. Este não é um jargão quântico, é uma evidência mensurável.
Quando não sabemos o que sentimos, não há estratégia saudável de resolução e o que emerge deste íntimo emaranhado, que confunde territórios e conceitos, são ações potencialmente destrutivas.
Muitas vezes a cura desejada se encontra no reconhecimento da dor profunda.
É um caminho delicado, às vezes é dolorido mesmo, um caminho de sentir e apropriar-se de si. Um caminho de reconhecer a solidão e poder pedir ajuda.
Um caminho onde é permitido dar passos para trás, é possível parar e tomar fôlego, tirar uma soneca e sempre ir examinando como está sendo a sua jornada.
Envolve questionar paradigmas antigos, validar seus sentimentos, mudar a avaliação sobre si, ouvir atentamente a própria voz, admitir novos saberes, parar de procurar culpados e sentir onde e como é possível começar a mudar, com gentileza e responsabilidade, nos atos do dia a dia.
Mas afinal de contas, como você pode medir suas mudanças?
O corpo lembra e pode te mostrar, como se fosse um entregador de mensagens.
Nas empresas existem os gráficos e os medidores de desempenho. Nosso corpo também tem alguns medidores, na maior parte das vezes extremamente simples, desde que saibamos como reconhecê-los. O bem estar, sensações de leveza e espaço, fazem parte destes medidores afetivos.
A Fisiologia do Afeto te ajuda.
Vejo você ao longo da jornada.
